De mente e de coração
Assim sempre de mão dada,
Alcatifareis o chão
De tão difícil calçada.
Alcatifareis o trilho
Ajudado por Deus Rei,
Que disse: ajuda-te, filho,
E eu te ajudarei.
Se a vida puser na mesa
Uma côdea para jantar,
Partilhai-a, na certeza
De que Deus há-de ajudar.
Convosco assim lado a lado
De mão laçada na mão
O amanhã desejado
Pesa menos que algodão.
Para que chegueis a velhos
Sem lágrimas e sem ais
A Deus pedem de joelhos
As almas dos vossos pais.
AUGUSTO FERA
N 29-12-1939 | F 27-11-2012
segunda-feira, 21 de julho de 2014
PARA OLGA E FILIPE
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domingo, 20 de julho de 2014
ILUSTRAÇÃO 11
Livros editados pela Junta de Freguesia de Fafe à data do lançamento deste livro (pág. 173 do livro Cruz de chumbo e outros poemas) |
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sábado, 19 de julho de 2014
PARA O PRIMEIRO CONCURSO DE QUADRAS POPULARES DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIO DE VILA DAS AVES (2002)
1º Prémio
Se abre fogo ignóbil arma
De arsenal de incendiário,
De tanque de excesso se arme
O Bombeiro Voluntário.
Se indicador de vigário
Indicar o tal brasume,
Mão de Deus, ante o cenário
De chamas de fogo eterno,
O Bombeiro Voluntário
Faz outro Céu do Inferno.
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
QUADRA PREMIADA
(Concurso das quadras de S. João do Jornal de Notícias, 1986)
Quem diz que há festa tão bela
Como a noitada tripeira
Ou tem os olhos com remela
Ou língua que diz asneira.
(pseudónimo: Duque da Ribeira)
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quinta-feira, 17 de julho de 2014
QUADRA PREMIADA
(2º prémio nos Jogos Florais do jornal Ecos de Belém)
Se a seca cegasse aos montes
De tristeza do meu ser.
Meus olhos não eram fontes
Onde o lenço vai beber.
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quarta-feira, 16 de julho de 2014
QUADRA PREMIADA
(1º lugar dos Jogos Florais da Câmara Municipal de Chaves)
Os rios de Trás-os-Montes
Levam água todo o ano
Porque não secam as fontes
Do rosto do Transmontano.
Justiça de Fafe, 20/09/1984
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terça-feira, 15 de julho de 2014
PESCADOR
(Para os Jogos Florais da Fuzeta/1983)
Não se escreve a vida preta
Do pescador sem passar
Pelo bico da caneta
Toda a tinta azul do mar.
A vida de pescador
É peixe de mil espinhas
Que o pobre do pescador
Tem de engolir inteirinhas.
O pescador sabe bem
Que há barco que o leva ao mar
Mas nunca sabe se tem
Barco para regressar.
Pelo gesto cor de sal
Do pescador assim franco
A gente vê que, afinal,
É o mar quem lava mais branco.
Qu’rer cantar o pescador
É veleidade tão oca
Que para o vate é melhor
Meter o rabo na boca.
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