segunda-feira, 21 de julho de 2014

PARA OLGA E FILIPE

De mente e de coração
Assim sempre de mão dada,
Alcatifareis o chão
De tão difícil calçada.

Alcatifareis o trilho
Ajudado por Deus Rei,
Que disse: ajuda-te, filho,
E eu te ajudarei.

Se a vida puser na mesa
Uma côdea para jantar,
Partilhai-a, na certeza
De que Deus há-de ajudar.

Convosco assim lado a lado
De mão laçada na mão
O amanhã desejado
Pesa menos que algodão.

Para que chegueis a velhos
Sem lágrimas e sem ais
A Deus pedem de joelhos
As almas dos vossos pais.


domingo, 20 de julho de 2014

ILUSTRAÇÃO 11

Livros editados pela Junta de Freguesia de Fafe à data do lançamento deste livro (pág. 173 do livro Cruz de chumbo e outros poemas)

sábado, 19 de julho de 2014

PARA O PRIMEIRO CONCURSO DE QUADRAS POPULARES DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIO DE VILA DAS AVES (2002)

1º Prémio


Se abre fogo ignóbil arma
De arsenal de incendiário,
De tanque de excesso se arme
O Bombeiro Voluntário.

Se indicador de vigário
Indicar o tal brasume,

Mão de Deus, ante o cenário
De chamas de fogo eterno,
O Bombeiro Voluntário
Faz outro Céu do Inferno.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

QUADRA PREMIADA

(Concurso das quadras de S. João do Jornal de Notícias, 1986)


Quem diz que há festa tão bela
Como a noitada tripeira
Ou tem os olhos com remela
Ou língua que diz asneira.

(pseudónimo: Duque da Ribeira)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

QUADRA PREMIADA

(2º prémio nos Jogos Florais do jornal Ecos de Belém)


Se a seca cegasse aos montes
De tristeza do meu ser.
Meus olhos não eram fontes
Onde o lenço vai beber.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

QUADRA PREMIADA

(1º lugar dos Jogos Florais da Câmara Municipal de Chaves)


Os rios de Trás-os-Montes
Levam água todo o ano
Porque não secam as fontes
Do rosto do Transmontano.

Justiça de Fafe, 20/09/1984

terça-feira, 15 de julho de 2014

PESCADOR

(Para os Jogos Florais da Fuzeta/1983)


Não se escreve a vida preta
Do pescador sem passar
Pelo bico da caneta
Toda a tinta azul do mar.

A vida de pescador
É peixe de mil espinhas
Que o pobre do pescador
Tem de engolir inteirinhas.

O pescador sabe bem
Que há barco que o leva ao mar
Mas nunca sabe se tem
Barco para regressar.

Pelo gesto cor de sal
Do pescador assim franco
A gente vê que, afinal,
É o mar quem lava mais branco.

Qu’rer cantar o pescador
É veleidade tão oca
Que para o vate é melhor
Meter o rabo na boca.